Hillary reforça proposta da Boeing
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, autorizou explicitamente a Boeing a transferir tecnologia ao Brasil caso a empresa vença a concorrência para fornecer 36 caças à Força aérea Brasileira (FAB), dentro de um projeto conhecido como FX-2. É o que diz carta dirigida ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, à qual o Valor teve acesso.
"Nós estamos interessados em expandir a cooperação bilateral não apenas por meio da venda de armas, mas também por meio de cooperação industrial, incluindo na área de transferência de tecnologia", afirma Hillary. "O Departamento de Estado apoia completamente a transferência de todas as informações relevantes e tecnologia necessária para completar a venda proposta."
A secretária de Estado americana afirma que o apoio à transferência de tecnologia mostra a confiança dos Estados Unidos no Brasil. "O apoio total do Departamento de Estado à transferências das informações relevantes e as tecnologias necessárias, como parte dessa proposta de venda, reflete a confiança que os Estados Unidos coloca nas nossas importantes relações com o Brasil."
A Boeing é uma das três que estão na disputa para a venda de caças para o governo brasileiro, num negócio estimado em mais R$ 2 bilhões. As outras duas concorrentes são a francesa Dassault e a sueca Saab. Na proposta original entregue pela Boeing, não constava a transferência de tecnologia, devido a veto imposto pelo Departamento de Estado americano, que dá a última palavra sobre o assunto. Na semana passada, os americanos comunicaram sua disposição em relaxar essa restrição, em visita do assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, James Jones.
Ontem, cinco dos principais executivos da Boeing estiveram no Brasília numa missão chefiada pelo vice-presidente executivo da Boeing Company, Jim Albaugh. Eles mantiveram encontros com clientes, fornecedores, empresa, imprensa e com parlamentares.
A francesa Dassault apresentou uma proposta na qual se dispõe a construir no Brasil os 36 caças no lote inicial do projeto F-X2. É um aceno para gerar empregos na Embraer, que dispensou mais de 4 mil funcionários em fevereiro, causando incômodo no Palácio do Planalto.
Fonte: Valor Econômico - Alex Ribeiro de Brasília
Boeing sinaliza interesse em novo cargueiro da Embraer
Um importante executivo da Boeing sinalizou nesta segunda-feira interesse da empresa de participar do desenvolvimento do cargueiro KC-390, que a Embraer está desenvolvendo a partir de um contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB).
O presidente da divisão de defesa da Boeing e vice-presidente-executivo da fabricante, Jim Albaugh, disse em entrevista coletiva que a empresa pretende fazer negócios no Brasil independentemente do resultado de uma concorrência que selecionará os novos caças de multiemprego da FAB.
Ele afirmou ainda que já houve conversas entre representantes da Boeing e da Embraer sobre possíveis parcerias.
"Sempre admiramos a Embraer e conversamos com eles sobre alguns projetos", disse Albaugh a jornalistas.
Questionado sobre quais projetos teriam sido alvos dessas conversas, o executivo não quis entrar em detalhes, mas afirmou que "o KC-390 é um projeto que nós gostamos muito".
A Boeing, com seu caça F-18 Super Hornet, é uma das três finalistas do programa F-X2 da FAB, pelo qual a Força Aérea pretende adquirir 36 caças de multiemprego. Os outros dois finalistas são o caça Rafale, da francesa Dassault, e o Gripen NG, da sueca Saab. A decisão sobre o vencedor deve ser anunciada até o mês que vem.
Na semana passada, a Agência de Cooperação em Segurança Nacional dos Estados Unidos, ligada ao Pentágono, pediu aval do Congresso norte-americano para a eventual venda dos Super Hornets ao Brasil num valor de 7 bilhões de dólares.
Albaugh, no entanto, procurou assegurar que a oferta entregue pela Boeing à FAB é de valor menor. "Posso garantir que nosso preço não é de 7 bilhões de dólares", disse.
"Nosso governo é bastante cuidadoso em não permitir que nossos concorrentes saibam nosso preço", justificou. Apesar disso, ele se recusou a revelar valores da proposta entregue ao governo brasileiro.
SUBSTITUTO DO HÉRCULES
FAB e Embraer assinaram o acordo de 1,3 bilhão de dólares para o desenvolvimento do KC-390 em abril deste ano durante feira de defesa no Rio de Janeiro. A expectativa é que as Forças Armadas comprem 22 unidades da nova aeronave, que substituirá os aviões C-130 Hércules, fabricados pela norte-americana Lockheed.
A linha de montagem e os dois primeiros protótipos devem estar prontos em sete anos. A Embraer estima o mercado externo total de cargueiros em 700 unidades num período de 15 anos, dos quais a fabricante brasileira espera deter um terço, o que significaria exportações de 18 bilhões de dólares.
Procurada, a Embraer não tinha representantes imediatamente disponíveis para falar sobre os comentários do executivo da Boeing sobre eventuais parcerias
Fonte: Reuters/Brasil Online - Por Eduardo Simões - Via G1
Alguém aí no Forum acredita em Papai Noel e coelhinho da Páscoa???
Olha o video
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... RASIL.html
Abraços