Emprego do avião na revolta de Princesa-PB
Posted: 22 Dec 2011 21:10
Comandantes, descobri no google, um fato inusitado, o emprego do avião como arma no Brasil, muito antes da FAB.
Vejam um resumo da historia:
Antes de encarar especificamente o tema, faremos algumas considerações sobre a revolta de Princesa. Foi ela uma ,insurreição ocorrida no estado da Paraíba, contra o governo do (presidente) João Pessoa, tendo por epicentro aquela cidade, hoje, conhecida como Princesa Isabel
A Força Pública paraibana, despreparada sob todos os aspectos, jamais conseguiu chegar ã Princesa
Desde o início da luta, o governo paraibano cogitou de nela empregar o avião. Com efeito, o avião, nascido em 23 de outubro de 1906, quando Santos Dumont descobriu a dirigibilidade aérea, havia sido empregado belicosamente pouco depois, na primeira guerra mundial.
A idéia era bombardear Princesa. E, sobre este ponto, para a eficácia da medida, seriam necessárias 8oo bombas que foram fabricadas pelos Srs .Alberto Borges e José Pimentel, bomba de cerca de 60 quilos, altamente explosiva, seria lançada sobre a cidade rebelada por, via aérea, o que não teria acontecido por determinação pessoal do (presidente) do estado.
Todavia, faltava o principal instrumento de combate: o avião. pensou-se na compra de um pequeno avião de turismo, o Flit
A Paraíba já dispunha de dois aviadores, Luigi Fossati e Florindo Perroni
No dia 14 de abril, às 14 horas, o avião chegou à praia de Jacumã, pilotado por Perroni. A Aeronave em apreço era um hidroavião, que teve seus flutuadores substituídos por rodas para que operasse em terra. Todavia, não foi feliz ao decolar da praia retro referida e avariou a hélice junto às ribanceiras. Desmontado, foi conduzido para Campina Grande.
Improvisou-se um arremedo de campo de pouso em Piancó e o Flit chegou a pousar lá. Ao decolar, partiu a asa. Inutilizou-se
Não desanimaram os paraibanos e, através de um emissário do aviador paulista Reinaldo Gonzaga , Sr. Charles Astor, foi adquirido outro, o Garoto, com que o referido piloto conseguiu decolar de Recife e pousar em Piancó no dia 25 de junho. Lá estavam os aviadores mas novo óbice aconteceu:: o piloto Fossati faleceu em breves dias, após insidiosa enfermidade contraída na região.
Perroni havia sido comissionado no posto de tenente da Força Pública com a missão de bombardear Princesa. Acontece que essa missão não se concretizou.
Ocorreram simplesmente ações de caráter psicológico, representadas pelo lançamento sobre a cidade revoltada de um boletim incitando os amotinados a se renderem em vinte e quatro horas, sem o que, seriam lançadas bombas sobre a cidade.
o bombardeio não era efetivamente o`objetivo colimado e, sim, o abatimento do moral inimigo sob o efeito do sobrevôo da cidade e da ameaça
A aeronave, em vôo rasante, chegou a 20 metros de altura sobre as trincheiras inimigas em São Boaventura, ocasião em que recebeu descargas de fuzil. três morreram de medo.
É de se reconhecer que, como ação de caráter psicológico, o emprego do avião foi de completa eficiência. Não há como não considerar como verdadeira aventura o emprego retro descrito do avião na revolta de Princesa.
De fato, é suficientemente sabido que a atividade aeronáutica carece de sofisticada infra-estrutura., vale dizer, em termos menores, campos de pouso, suprimento e manutenção. Nada disso, a Paraíba possuía e nem dispunha de recursos para tê-lo. Ficou clara a improvisação de um arremedo de campo de pouso em Piancó. Por outro lado, não havia oficina especializada de manutenção nem pessoal técnico suficientemente preparado. E, mais ainda, como obter material sobressalente para aviões? Os próprios aviadores não eram portadores de formação de piloto militar. Assim, desconheciam a conduta a seguir em combate. Como se vê, tudo no improviso, verdadeira aventura, impulso de homens novos ante nova atividade humana
O episódio retro narrado é pouco conhecido na história da aviação brasileira.
Fonte: http://www.reservaer.com.br/est-militar ... ncesa.html
Abraços
Vejam um resumo da historia:
Antes de encarar especificamente o tema, faremos algumas considerações sobre a revolta de Princesa. Foi ela uma ,insurreição ocorrida no estado da Paraíba, contra o governo do (presidente) João Pessoa, tendo por epicentro aquela cidade, hoje, conhecida como Princesa Isabel
A Força Pública paraibana, despreparada sob todos os aspectos, jamais conseguiu chegar ã Princesa
Desde o início da luta, o governo paraibano cogitou de nela empregar o avião. Com efeito, o avião, nascido em 23 de outubro de 1906, quando Santos Dumont descobriu a dirigibilidade aérea, havia sido empregado belicosamente pouco depois, na primeira guerra mundial.
A idéia era bombardear Princesa. E, sobre este ponto, para a eficácia da medida, seriam necessárias 8oo bombas que foram fabricadas pelos Srs .Alberto Borges e José Pimentel, bomba de cerca de 60 quilos, altamente explosiva, seria lançada sobre a cidade rebelada por, via aérea, o que não teria acontecido por determinação pessoal do (presidente) do estado.
Todavia, faltava o principal instrumento de combate: o avião. pensou-se na compra de um pequeno avião de turismo, o Flit
A Paraíba já dispunha de dois aviadores, Luigi Fossati e Florindo Perroni
No dia 14 de abril, às 14 horas, o avião chegou à praia de Jacumã, pilotado por Perroni. A Aeronave em apreço era um hidroavião, que teve seus flutuadores substituídos por rodas para que operasse em terra. Todavia, não foi feliz ao decolar da praia retro referida e avariou a hélice junto às ribanceiras. Desmontado, foi conduzido para Campina Grande.
Improvisou-se um arremedo de campo de pouso em Piancó e o Flit chegou a pousar lá. Ao decolar, partiu a asa. Inutilizou-se
Não desanimaram os paraibanos e, através de um emissário do aviador paulista Reinaldo Gonzaga , Sr. Charles Astor, foi adquirido outro, o Garoto, com que o referido piloto conseguiu decolar de Recife e pousar em Piancó no dia 25 de junho. Lá estavam os aviadores mas novo óbice aconteceu:: o piloto Fossati faleceu em breves dias, após insidiosa enfermidade contraída na região.
Perroni havia sido comissionado no posto de tenente da Força Pública com a missão de bombardear Princesa. Acontece que essa missão não se concretizou.
Ocorreram simplesmente ações de caráter psicológico, representadas pelo lançamento sobre a cidade revoltada de um boletim incitando os amotinados a se renderem em vinte e quatro horas, sem o que, seriam lançadas bombas sobre a cidade.
o bombardeio não era efetivamente o`objetivo colimado e, sim, o abatimento do moral inimigo sob o efeito do sobrevôo da cidade e da ameaça
A aeronave, em vôo rasante, chegou a 20 metros de altura sobre as trincheiras inimigas em São Boaventura, ocasião em que recebeu descargas de fuzil. três morreram de medo.
É de se reconhecer que, como ação de caráter psicológico, o emprego do avião foi de completa eficiência. Não há como não considerar como verdadeira aventura o emprego retro descrito do avião na revolta de Princesa.
De fato, é suficientemente sabido que a atividade aeronáutica carece de sofisticada infra-estrutura., vale dizer, em termos menores, campos de pouso, suprimento e manutenção. Nada disso, a Paraíba possuía e nem dispunha de recursos para tê-lo. Ficou clara a improvisação de um arremedo de campo de pouso em Piancó. Por outro lado, não havia oficina especializada de manutenção nem pessoal técnico suficientemente preparado. E, mais ainda, como obter material sobressalente para aviões? Os próprios aviadores não eram portadores de formação de piloto militar. Assim, desconheciam a conduta a seguir em combate. Como se vê, tudo no improviso, verdadeira aventura, impulso de homens novos ante nova atividade humana
O episódio retro narrado é pouco conhecido na história da aviação brasileira.
Fonte: http://www.reservaer.com.br/est-militar ... ncesa.html
Abraços