se ela valesse alguma coisa.. o nosso presidente não seria o que está ai
Ops..! :
Empolgado em comandante.
Abraços,
Nabakov
se ela valesse alguma coisa.. o nosso presidente não seria o que está ai
Pilotos desligaram transponder, diz FAB
Comissão de inquérito da Aeronáutica concluiu que americanos confundiram o aparelho anticolisão e o rádio do Legacy
Joe Lepore e Jan Paladino teriam digitado os códigos de freqüência do rádio no transponder, prejudicando o funcionamento de ambos
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
A comissão de inquérito da Aeronáutica que investiga as causas da queda do Boeing da Gol em 29 de setembro do ano passado concluiu que os pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paladino desligaram involuntariamente o transponder do jato Legacy que se chocou com o avião, confundindo esse aparelho e o rádio. Os dois ficam dentro da mesma "caixa" do painel de controle.
Conforme a Folha apurou, os pilotos teriam digitado os códigos de freqüência do rádio no transponder e, assim, prejudicado o funcionamento de ambos. O erro apontado pode explicar por que tanto o transponder estava inoperante quanto o rádio não funcionava adequadamente quando ocorreu o choque entre os dois aviões, em pleno ar, resultando na morte de 154 pessoas.
Mais de 20 tentativas de comunicação com o controle em terra foram em vão, porque, segundo as investigações, a freqüência de rádio estava errada e o transponder desligou depois de duas tentativas de inserção de códigos não reconhecidos pelo aparelho.
A digitação equivocada pode ter sido possível porque os pilotos não estavam devidamente preparados para pilotar o Legacy em sua primeira viagem ao sair da fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP). Além disso, o rádio e o transponder ficam na mesma "caixa" do painel, entre o piloto e o co-piloto, e são parecidos.
Com o erro, o transponder ficou inoperante e imediatamente apareceu ao lado direito, em frente à poltrona do co-piloto Paladino, sem que ele se desse conta, a mensagem "TCAS off", informando que o TCAS (Traffic Allert and Collision Avoidance System, ou sistema anticolisão) se encontrava desligado.
Acionado pelo transponder, o TCAS evita acidentes com alertas visuais e sonoros aos pilotos, acompanhados da indicação de como eles devem agir, desviando o avião na horizontal e na vertical.
Conforme a gravação das conversas entre Lepore e Paladino, na caixa-preta do Legacy, um deles reagiu com surpresa ao perceber, depois do choque com o Boeing, que o sistema anticolisão estava desligado.
"Cara, você está com o TCAS ligado?", pergunta. O outro admite: "É. O TCAS está desligado". Cerca de dois minutos depois, o aparelho voltou a funcionar, com o transponder enviando sinais normalmente para os centros de controle de tráfego aéreo em terra. Isso indica que foi religado.
Resolvido o último grande mistério do acidente, a comissão poderá antecipar de setembro para agosto o anúncio oficial do resultado das causas do choque, confirmando as informações sobre a seqüência de falhas humanas, tanto dos pilotos quanto dos controladores de vôo, especialmente do Cindacta-1, de Brasília, que resultaram no maior acidente da história da aviação comercial brasileira.
O Comando da Aeronáutica afirma que não influencia conclusões nem prazos para a finalização do inquérito, mas a Folha apurou que vê com bom grado a antecipação do anúncio. Acha que isso poderá tirar um dos focos de tensão dos controladores de vôo, que desde o acidente têm se rebelado contra o Comando e promovido uma série de operações-padrão e greves, na tentativa de denunciar falhas do sistema de controle aéreo.
Caso seja confirmada a apuração de que os pilotos digitaram erroneamente os códigos do rádio e do transponder, isso aliviará, por exemplo, a importância no acidente da existência apontada por controladores de vôo de um "buraco negro" na região onde ocorreu o choque, em Mato Grosso, na altura da serra do Cachimbo.
O relatório deverá mostrar que, apesar de não conseguir contato com o Legacy, os Cindactas tanto de Brasília quanto de Manaus tinham comunicação normal com outras aeronaves na mesma hora e no mesmo espaço, que é sujeito a interferências magnéticas.
"Possibilidade é muito genérica", diz advogado
COLUNISTA DA FOLHA
Ouvido ontem pela Folha, o advogado Theo Dias, que representa os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino e a empresa proprietária do avião Legacy, a americana ExcelAire, afirmou que precisava de mais detalhes antes de se manifestar sobre o desligamento involuntário do transponder (aparelho anticolisão e que permite comunicação precisa com radares em terra).
"Até o presente momento, essa possibilidade [do desligamento involuntário do sistema anticolisão] é muito genérica, sem amparo em dados consistentes. Prefiro aguardar as informações oficiais antes de me manifestar", afirmou ele, por telefone.
Os pilotos Lepore e Paladino e quatro controladores de tráfego aéreo foram denunciados pelo Ministério Público Federal em maio passado, acusados de terem agido com negligência e irresponsabilidade no episódio do acidente envolvendo o avião da Gol e o Legacy.
O choque entre as duas aeronaves, em setembro de 2006, provocou a morte de 154 pessoas .
SP!ELIANE CANTANHÊDE
A peça que faltava
BRASÍLIA - Cai o último grande mistério da queda do Gol 1907: os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino desligaram involuntariamente o transponder, aparelho que, se operante, teria salvado 154 vidas. O Legacy era novo, acabava de sair da Embraer. Lepore tinha pilotado aviões semelhantes, e ele e Paladino haviam treinado em simuladores, mas a caixa-preta mostra que tinham pouco conhecimento do aparelho, das regras de aviação no Brasil e até da carta aeronáutica.
Um dos dois confundiu o rádio e o transponder e digitou códigos de freqüência no transponder. Resultado: o rádio não recebia nem transmitia ligações para os controles em terra, e o transponder desligou. Um erro fatal. E só depois do choque os pilotos se deram conta.
A queda do Gol 1907 é uma seqüência inacreditável de falhas humanas e de coincidências. Os pilotos e o controlador de São José dos Campos (origem do vôo) não se entenderam, e o Legacy seguiu numa só altitude, quando o plano de vôo previa três. Os controladores de Brasília tiveram tempo para corrigir o erro, mas estavam distraídos. Era hora da troca de turno.
Depois, houve várias tentativas inúteis de contato por rádio. Nem os pilotos digitaram o código de falta de comunicação nem os controladores acionaram o Cindacta-4, de Manaus, para que desviasse o Gol -que costumava voar em 41 mil pés, não em 37 mil, como naquele dia. E o choque foi num ponto em que o Legacy saía do Cindacta-1 para o 4, e o Boeing, o contrário.
Mesmo com todas essas falhas e coincidências, o acidente teria sido certamente evitado caso o transponder estivesse acionado. Não estava, e houve o maior acidente da história da aviação civil no Brasil, com todas as suas conseqüências. Com o fim do mistério do transponder, a comissão aeronáutica deve anunciar suas conclusões já no próximo mês. E aí começa uma outra guerra, a judicial.
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Hades não cai nessa! o Equipamento e o software acabou de ser certificado e aprovado pelos orgãos reguladores de aviação americana e européia! O equipamento é de primeira geração! o que tá pegando é SALARIO!!! essa balela de equipamento é terrorismo de vagabundo! que por sinal temos seis mandatos de prisão e processos de expulsão da FAB! vão tarde! existe outra maneira de barganhar dinheiro que não essa! é a mesma merda de medico do SUS fazer greve! não quer vai embora, mas não dá meio atendimento!09_Hades wrote::s:
....... e pelas péssimas condições dos equipamentos e software utilizados para tais fins.
Abraços
SP!
Excelentes colocações Vulture, mas uma , não correção, mas esclarecimento quantoa aposentadiria de militares. Eles quando na ativa ganham uma gratificação diferente ( algo tipo periculosidade ) chamado de GCET, quando se reformam ( reserva ) eles perdem esta gratificação e são imediatamente promovidos , o que no final das contas quase empata com o que ganhavam antes, acredito eu que isto é feito para estimular a saída quando completado o tempo de serviço do militar para vir gente nova no pedaço, ficando somente quem gosta muito.17_Vulture wrote:Peraí, um dos controladores que errou estava ENTRANDO no turno... Não há argumento de carga de trabalho que sustente isso...
Quanto ao salário, não custa lembrar que, ao contrário da população civil, os militares tem aumento quanto se aposentam. E além disso, que o salário pode ser mais baixo é sabido quando se ingressa no serviço militar. Tá descontente, sai e vai procurar emprego na vida civil...
Vulture, stress não é apenas cansaço, senão ninguém sofreria de stress, é mais ou menos como falta de sono, aquela hora de sono que você perdeu você não repõe no dia seguinte, o desgaste já aconteceu, e se a falta de sono é continuada, para você voltar à forma é preciso até uma terapia... o strees também é cumulativo, e vai criando um desequilibrio do sistema nervoso que afeta memoria, reflexos e capacidade cognitiva. Exemplo mais ilustrativo é o desses pobres pais que esqueceram os filhos dentro do carro (e os caras tinham acabado de acordar hein), todos eles sujeitos responsáveis de classe media alta, ocupando cargos estressantes na inicativa privada... o erro deles matou o proprio filho, mas vocês acham que isso foi porque tiveram preguiça de ficar atentos? Não! o contrario, de tanto ficar atentos por muito tempo levaram o cérebro ao limite, de modo que este se desorganiza a qualquer momento!17_Vulture wrote:Peraí, um dos controladores que errou estava ENTRANDO no turno... Não há argumento de carga de trabalho que sustente isso...
fui vítima disso a um ano e ainda sofro das conseqüÊncias(síndrome do pânico)...conheço alguns sargentos controladores, e todos são MUITO estressados.que há alteração severa no comportamento e no humor, quando se aproxima a hora de assumir o posto ou ir ao trabalho, podendo causar inclusive sindrome do pânico.