Um dia de merda.

Piadas e gozações generalizadas.
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06_Colorado
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Um dia de merda.

Post by 06_Colorado »

S! TCHE!


Coloquei esse texto em outro tópico, mas cada vez que leio, acabo achando mais hilário.

Resolvi recolocar para quem não conhece.

Vale a pena.


Um dia de merda

Luiz Fernando Veríssimo (verídico)

Aeroporto Santos Dumont, 15:30. Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas. Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. “Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo”. O avião só sairia às 16:30.

Entrando no ônibus, sem sanitários, senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”. Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: “Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido às obras na pista”. Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas.

Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério: “Cara, caguei”.

Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. “Que se dane, me limpo no aeroporto” – pensei. “Pior que isso não fico”. Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar e, sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Dessa vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo à liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado. Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez.

Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada. Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e, entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco.

Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, né?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.

Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o “check-in” e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.

Desesperado, comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e, assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar. A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu.

Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando “O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria. A aeromoça se aproximou e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: “Nada, obrigado. Eu só queria esquecer este dia de merda!”


:lol: :lol: :lol:


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Post by 36_Killer-Ants »

S!

Só prá constar o LFV já desmentiu esse texto e outro intitulado "Quase" atribuídos à sua pessoa na sua coluna semanal. Ambos são apócrifos.

:drink:
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Shinke
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S!

Esta aqui é muito boa!!!! Leiam até o final!!!! :lol: :lol: :lol:

O Analista de Bagé e o homossexualismo no futebol

Mas como o analista de Bagé encara essas histórias de homossexualismo no meio futebolístico?

Depois de ressalvar que no Guarani de Bagé nunca houve disso, pois "até a madrinha era macho", o analista contou que certa feita foi chamado para cuidar da psicologia de um time do interior. Não diz o nome do time nem da cidade por uma questão de ética e para não ser capado.

O time tinha fama de jogar duro. Basta dizer que a dupla de beques se chamava Garfo e Faca: um segurava enquanto o outro tirava lasca. Já o ponta-esquerda era tão bem comportado que podia sair da penitenciária todos os domingos para jogar. E o centroavante era um alemão da roça chamado Heins. Itapiru Heins, apelidado pela família de "Bismark". Em honra ao cruzador, não ao chanceler.

Pois na cidade havia um colunista social que, como se não bastassem os cílios postiços, ainda se chamava Alaor.

Comentava-se que ele dormia no refrigerador, pois só isso explicaria o fato de continuar tão fresco apesar da idade. E o Alaor não perdia jogo do time da cidade. Só que nunca via o jogo.

Cada vez que ia haver um choque de jogadores, ou o time adversário ameaçava o gol local, Alaor tapava os olhos e gritava: "uie, uie". Seu preferido no time era o Itapiru.

Não foram poucas as vezes em que os jogadores faziam um bolo em cima de Itapiru para comemorar um gol e la vinha o Alaor na sua corridinha miuda, gritando "eu sou a cereja, eu sou a cereja", antes de ser interceptado pela Policia Militar e jogado de volta a arquibancada. Um dia Alaor convidou Itapiru para ser entrevistado para sua coluna no jornal. A entrevista foi no apartamento de Alaor. Como o tapete do apartamento era muito fundo, Alaor pediu para Itapiru tirar os sapatos, pois dezessete cachorrinhos tinham desaparecido no tapete e Itapiru podia pisar num deles. Também pediu para Itapiru tirar as calças pois o forro do seu sofá era incompatível com jeans. Só então

Alaor se deu conta e exclamou:
- Meus Deus, não posso ficar com um homem só de cuecas dentro da minha casa! E pediu para Itapiru tirar as
cuecas.

Aí começou a entrevista.
- Você já teve alguma experiência homossexual'?
Itapiru pensou um pouco. Passou o Alaor de uma perna pra outra.
Depois respondeu:
- Já.
- Conte.
- Lá em casa. Todo mundo gosta.
Alaor engoliu em seco.
- A sua família inteira é de homossexuais7
- Todo mundo. O pai, a mãe. Até a vó Gerta.
Até a vó Gerta'?
- Ela é a que gosta mais.
- Meu Deus - disse Alaor. - Como o meio rural mudou! E no futebol, existe muito homossexualismo'?
- Bom, não sei se pode ser chamado de homossexualismo.

Tem um chá que o treinador faz pra nós...
Imagens lúbricas dançavam na cabeça de Alaor. O time inteiro sendo recebido na casa do treinador para chá, bolinhos e orgias. O treinador provavelmente se vestia de lady inglesa e pedia para Garfo e Faca, ofegante, "quebrem a minha porcelana, quebrem!" E o seu gravador pegando tudo:
- Como é esse chá
- Dá uma força... Um chá afrodisíaco! A entrevista seria uma sensação. E claro que foi. O jornal chegou a tirar até 2.5OO exemplares, conta o analista de Bagé. O treinador foi despedido.

A família Heins teve que se mudar da região. Sua casa foi incendiada e botaram sal nas ruínas. Itapiru foi vendido a um time de Pelotas.

Até hoje tenta explicar que confundiu homossexualismo com homeopatia. Mas ninguém acredita. :lol: :lol: :lol:

De Luís Fernando Veríssimo

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06_Colorado
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Post by 06_Colorado »

36_Killer-Ants wrote:S!

Só prá constar o LFV já desmentiu esse texto e outro intitulado "Quase" atribuídos à sua pessoa na sua coluna semanal. Ambos são apócrifos.

:drink:
K-A
S! TCHE!

É.. o entre parênteses era para ser não-cerídico.. hehehe

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